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Experimentações Sensoriais

Explorar e conhecer o meio através das experimentações, pois é na mais tenra idade, que as crianças apresentam a necessidade de conhecê-lo de forma concreta, partindo inicialmente para a experimentação das sensações em relação ao próprio corpo e ao mundo que os cercam. Diante disso, o trabalho com os sentidos nessa faixa etária é bastante pertinente, pois possibilita às crianças descobrir formas, texturas, cheiros, cores, volumes, pesos e tantas outras características que distinguem objetos diferentes.

Realizamos muitas investigações e chamamos a atenção das crianças para as coisas simples que acontecem diariamente, a fim de preservar o seu olhar sensível para as coisas do dia a dia e manter o ser curioso que habita dentro de todos nós. Sentir o vento bater em seus rostos, observar as folhas caírem com o vento ou ouvir o som dos passarinhos cantando enquanto voam pelas árvores, nos muros e telhados, ou então, quando correm pelas pedrinhas, e as crianças correm atrás e tentam pegar o bichinho “ó, vou pegar o passainho”.

E cada cantar não passa despercebido pelos pequenos, que, quando ouvem, colocam o dedinho na boca, como alguém pedindo silêncio e falam: “ó, o passainho”, as professoras geralmente aproveitam a “deixa” para argumentar: “é mesmo, esse passarinho é o sabiá, será que é aquele que estava lá na gaiola, fez um buraquinho e voou, voou?”.

Ouvir e cantar músicas sempre foram os pontos fortes e marcantes das turmas de Infantil II, que, além de ser muito divertido, desenvolvem a memória oral, a linguagem e a motricidade. Ao som das músicas favoritas as crianças dançam e cantam felizes e descontraídas, e sem falar das aulas de música, pois, além de ouvirem o violão, também há momentos de conhecer e experimentar vários instrumentos, por exemplo, escaleta, gaita e instrumentos de percussão, tais como, o pandeiro, o caxixi, entre outros. Para perceber a forma e o som de cada um.

Observar a natureza, as mudanças no clima e na paisagem, como a modificação na coloração das folhas, levantar questões do por que elas deixaram de ser verdes, nos seus vários tons de verde, e ficaram amareladas; e cada uma tão singular, mesmo vindo da mesma árvore, cada uma em um tom de verde e igualmente em um tom de amarelo único e especial. E, aproveitar esses momentos para a observação de nós mesmos, dos pequenos e dos amigos, cada um com a sua cor de olhos e de cabelo, cor da pele e um jeito de falar, desenhar, pintar e brincar que é próprio de cada um, o respeito às diferenças.

Com muita animação os pequeninos fazem receitas culinárias, onde os sentidos são sempre trabalhados de um jeito divertido e delicioso, experimentam os ingredientes um a um, colaboram na hora da mistura, a tigela é passada a cada criança para a mistura ficar bem homogênea, e finalmente se reúnem para degustar a preparação que foi coletiva, essas preparações, geralmente são bolo de cenoura, bolo de milho, pizzas, ou até mesmo uma limonada tem um sabor especial quando é feita em conjunto com os amigos.

Na hora da fruta, ela é passada de mão em mão, para que cada um perceba o seu perfume, seu peso e volume, o seu sabor que pode ser bem doce ou azedinho e a sua cor marcante. Esse momento rico é presente todos os dias aqui na escola.

As atividades de pinturas com meleca, ou pinturas a dedo fazem parte do nosso trabalho com os sentidos. Muitas vezes esta “melequeira” toda não fica apenas no papel e a exploração deste material se estende pelas mãos, braços e eventualmente por muitos outros espaços.

Cheirar, ouvir, degustar, ver e tocar são os sentidos desenvolvidos sutilmente e significativamente em nossos dias aqui no Semeador do Saber, e é maravilhoso observar o quanto os pequenos gostam de passar as mãos nas superfícies, nas plantas, nos muros, na areia e nas pedrinhas, e depois traduzir em sorrisos ou carinhas de espanto.

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