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  • Fabiana Pontes e Daniel

PROJETO SENTIMENTOS

Atualizado: 27 de out. de 2021


Desenhos representando os sentimentos

Nós humanos somos seres complexos, temos que lidar com sentimentos e emoções que por vezes nos desestabilizam. As crianças também têm que lidar diariamente com muitas emoções. Sentem raiva, alegria, tristeza e passam por situações que geram frustrações. Cada criança reage a esses sentimentos de maneira distinta, e conversar com elas sobre isso é uma forma de trabalhar as situações de conflito de forma positiva. Desse modo, as crianças passam a agir de forma mais tranquila, adotando uma atitude da qual se orgulham posteriormente.

Professora conversando com aluno

Criança pintando

Aqui na escola, buscamos ouvir as crianças, pedindo que nos contem o que se passou e verbalizem seus sentimentos. O objetivo do trabalho é uma escuta atenta e sincera, na qual buscamos ajudar a criança ao invés de julgá-la. Este é um processo em que tanto o adulto quanto as crianças aprendem. Em alguns dias conseguimos fazer um trabalho efetivo, em outros aprendemos para uma próxima oportunidade.


Nosso tema norteador é “Saber cuidar” e, a partir dele demos início ao nossos combinados, depois implementamos a caixa dos sentimentos e o bastão da palavra. O bastão é utilizado durante as rodas nas quais falamos sobre sentimentos, já a caixa fica à disposição para que eles coloquem alí desenhos e mensagens a qualquer momento.

Em alguns momentos, nós professores fazemos mediações para ajudar nas resoluções de conflitos. E utilizamos estes objetos como ferramentas para facilitar o diálogo ou estimular a verbalização de algo que esteja incomodando. Nos momentos de conflitos, nosso ritual é ficar na altura da criança, manter o contato visual e apoiá­-la enquanto ela está se manifestando. Auxiliando-as a encontrarem novas maneiras de se expressar e estratégias como, afastar-se do conflito, pedir o auxílio de um adulto ou verbalizar de maneira não violenta aquilo que lhes desagrada.

Para saber aquilo que lhe desagrada é necessário conhecer a si mesmo, falar e refletir sobre os sentimentos. Durante nossas conversas formais e informais buscamos ouvi-las incentivando-as a refletir a respeito da situação a partir de perguntas. Assim, as crianças que têm a oportunidade de reconhecer os próprios sentimentos, perceber a importância deles e construir a ideia de que as outras pessoas também podem sentir. Um exercício importante sobretudo para aqueles que, por serem pequenos, ainda não desenvolveram a empatia.

Uma das estratégias para abordarmos os sentimentos é o desenho. Quando a crianças desenha, ela consegue colocar em seu traçado um pouco do seu sentimento e verbalizar seus desagrados.

 
 

Em diversas situações do dia a dia o medo surgiu, seja quando as crianças faziam referência a um filme, ou a um livro, ou quando questionávamos sobre o sentimento. Para trabalhar o sentimento falamos sobre o maior medo de cada um. Sobre o real e a fantasia, e sobre a possibilidade de inventar um super-herói que destruísse qualquer super-vilão ou monstro. Mais uma vez o desenho foi um recurso para expressão.


Capa de livro de Eva Furnari

Utilizamos histórias para trabalhar os sentimentos, como elas falam sobre situações muito semelhantes a do nosso cotidiano. Muitas vezes elas passam a fazer parte do nosso repertório e são sempre lembradas quando ocorrem algo parecido com as vividas pelos personagens. Foi assim com o livro que a “Nina” (coordenadora da escola), nos emprestou, “Nós” de Eva Furnari e tivemos diversas oportunidades para falar sobre o respeito ao próximo e as diferenças. Em uma tarde, após nova roda de crianças escutando a leitura, a professora da turma criou um teatro dentro da sala. Foi uma mistura de diversão com reflexão, lidar com falas que nos magoam não é uma tarefa fácil. Por isso nós professores salientamos a importância de buscar auxílio de alguém em quem confiamos, olhamos a situação pelos dois lados.

A intensionalidade era trabalhar o respeito e também que as crianças observassem a possibilidade de reagir a algo ofensivo de maneira não violenta, porém sem deixar de posicionar-se.

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